quarta-feira, 6 de março de 2013


Sentia-se toda errada. Sabia-se certa, mas sentia-se errada. Não sentia que sabia, embora soubesse. Sabia! Mas não sabia o seu lugar. Sentia! 

domingo, 24 de junho de 2012

O vento, enfim, sopra a poeira que se insistia resíduo.
No lugar, fica a marca da persistência. Mas agora somente simbologia, não mais presença.
Surge a coragem, enfim, de espanar o que antes era dificuldade.
As mãos, em paz, agora sentem-se mãos: para apagar rastros visíveis, para acenarem, libertas, apenas por uma lembrança.

quarta-feira, 23 de maio de 2012


Eu devo ter me perdido em algum lugar...
E tudo que se perde, está num lugar que não se sabe onde.
Não se sabe onde e nem como, na maioria das vezes.
E juro que tento me achar, me encontrar novamente.
Mas da mesma forma que me perdi sem perceber,
Não consigo me achar, mesmo percebendo.


E dói a consciência da não-consciência.
Dói, ainda mais, não saber o caminho de volta.
Ainda bem que existe a inércia,
Para impulsionar para frente quando não se sabe voltar para trás. 

sábado, 17 de março de 2012

À banda K2

Entre sonhos e angústias, realização
Expressividade em harmonia
Sintonia declarada, para sentir junto
Para sorrir junto, para admirar

Entre tons de rock, sensibilidade que cativa
Benevolência que rasga a alma
Para enternecer os ouvidos
Para ficarem mais atentos, mais limpos

Entre gritos de seriedade e justiça, pitadas de humor
Um soco no estômago e um sorriso no rosto
Para instigar reflexão sem perder a graça
Para musicalizar e inspirar reconhecimento. 

terça-feira, 13 de março de 2012

Embriaguez

uma dose desse teu olhar
quatro do teu sorriso
duas do teu afagar...

entre essas e outras
saideira de silêncio
pra quem suportar, mais uma de amor!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Re-conhecer

entre conversas sobre o passado
quanta sabeDORia em tuas rugas
mãe de duas gerações
e amiga de quem quiser ser
gente, planta, bicho

tuas mãos gesticulam além do imaginável
são expressivas em sofrimento
mas muito mais em amor
a linha da vida não encontra um fim
eterniza-se em admiração e respeito

lembranças de vivências árduas 
rolam em lágrimas pelo rosto
que ainda hoje rogam por paz
que ainda hoje reclamam reconhecimento
e molham feito chuva fina

lembranças prematuras de uma juventude privilegiada
que pouco reconhece, tampouco demonstra gratidão
que ainda exige de ti muito mais do que se imagina
mas se esquece de que não é preciso muito
para suprir o pouco que realmente se necessita

quinta-feira, 8 de março de 2012

A diversidade em encanto

Passos descompassados...
Meio samba, meio bossa nova
Carregados de flores, fivelas
Por vezes coloridos, por outras, desbotados

Olhares distintos...
Alguns Capitu, outros tão precoces
Desvelam a essência
Sejam eles discretos, sejam tumultuosos

Sorrisos copiosos...
Num instante Monalisa, noutro Colombina
Lábios que ressonam
São acalento e desespero

Junta-se tudo...
Em suas mais diversas formas
Afeto puro
Feminilidade que recende.