entre conversas sobre o passado
quanta sabeDORia em tuas rugas
mãe de duas gerações
e amiga de quem quiser ser
gente, planta, bicho
tuas mãos gesticulam além do imaginável
são expressivas em sofrimento
mas muito mais em amor
a linha da vida não encontra um fim
eterniza-se em admiração e respeito
lembranças de vivências árduas
rolam em lágrimas pelo rosto
que ainda hoje rogam por paz
que ainda hoje reclamam reconhecimento
e molham feito chuva fina
lembranças prematuras de uma juventude privilegiada
que pouco reconhece, tampouco demonstra gratidão
que ainda exige de ti muito mais do que se imagina
mas se esquece de que não é preciso muito
para suprir o pouco que realmente se necessita
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